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Com o aumento da vida humana, cada vez mais idosos passam por angioplastias coronarianas. Em novo estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiology, pesquisadores analisaram as tendências temporais e as complicações da intervenção coronária percutânea em nonagenários.
Para a análise, os autores avaliaram os desfechos de todos os veteranos que realizaram angioplastia, cujos dados foram registrados no programa de Avaliação Clínica, Relatórios e Rastreamento de Veteranos americano, de 2005 a 2014. Tendências temporais da angioplastia, ocorrência de complicações em laboratório e mortalidade em 30 dias e 1 ano foram avaliadas em nonagenários versus pacientes mais jovens.
Entre um total de 67.148 veteranos analisados, 274 (0,4%) eram nonagenários. Essa proporção aumentou de 0,25% em 2008 para 0,58% em 2014. Os nonagenários foram mais propensos a realizar angioplastia para infarto agudo do miocárdio com ou sem supra do segmento ST, e estavam em maior risco de choque pós-procedimento (0,73 % versus 0,12%; p = 0,04), e mortalidade em 30 dias (10,6% vs. 1,4%; p <0,0001).
O risco ajustado de mortalidade aos 30 dias (odds ratio, 2,14, intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,42-3,22) e 1 ano (16,3% vs. 4,2%; p <0,0001, odds ratio ajustado, 1,82; IC 95%, 1,27-2,62) foram maiores entre os nonagenários.
Pelos resultados, os pesquisadores alertam que os nonagenários constituem uma coorte crescente de pacientes submetidos à intervenções coronárias percutâneas e estão em maior risco de complicações e mortalidade.
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Referências:
- Temporal Trends, Complications, and Predictors of Outcomes Among Nonagenarians Undergoing Percutaneous Coronary Intervention: Insights From the Veterans Affairs Clinical Assessment, Reporting, and Tracking Program. JACC Cardiovasc Interv 2017;10:1295-1303.