Dezembro Laranja: como orientar o paciente em relação ao câncer de pele?

O câncer de pele acontece quando as células normais da pele se transformam em células anormais, apresentando crescimento desgovernado e exagerado. Saiba como orientar seu paciente.

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O câncer de pele acontece quando as células normais da pele se transformam em células anormais, apresentando crescimento desgovernado e exagerado. Existem dois tipos principais de câncer de pele: melanoma e não-melanoma. Eles podem acometer qualquer parte do corpo, principalmente as expostas ao Sol, cujos efeitos prejudiciais podem ser cumulativos ao longo do tempo.

Os dois tipos mais comuns de câncer de pele não-melanoma são chamados de “carcinoma basocelular” e “carcinoma espinocelular”. O tratamento, na maioria das vezes, é curativo e com bom prognóstico. Essas lesões são benignas e com crescimento lento. Porém, se não tratada, alguns tipos de câncer de pele não melanoma podem crescer e gerar metástases.

Outras alterações na pele devido aos danos causados ​​pelo sol também podem ocorrer. Algumas pessoas, especialmente aquelas com pele clara, pode ter manchas escamosas, ásperas, conhecidas como “ceratoses actínicas”, freqüentemente encontradas no rosto, orelhas, braços ou couro cabeludo. Essas ceratoses podem, por vezes, se transformar em câncer de pele.

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O melanoma é a forma mais grave de câncer de pele. Pode ocorrer em qualquer parte da pele, incluindo as costas, além de mucosas na boca, nariz e genitais. Quando não é tratado, o melanoma tem alto potencial para causar metástases.

O melanoma tem características que o tornam diferente dos sinais normais e marcas de nascença. As pessoas podem lembrar as características anormais do melanoma através da seguinte regra mnemônica, utilizando as letras A, B, C, D e E:

  • Assimetria – uma metade pode parecer diferente da outra metade.
  • Borda – pode ter uma borda irregular ou irregular.
  • Cor – pode ter cores diferentes.
  • Diâmetro – é maior que a borracha na ponta de um lápis.
  • Evolução – seu tamanho, cor ou forma pode mudar com o tempo.

A pele afetada pelo melanoma também pode sangrar ou ficar inchada, avermelhada ou com crostas. Diante da suspeita de melanoma, recomenda-se uma biópsia, que pode ser incisional ou excisional. Com esse exame, associado a exames de imagem, é possível realizar o estadiamento da lesão, ou seja, avaliar a profundidade do câncer e saber se ele atingiu algum outro órgão.

O tratamento recomendado dependerá do estágio da doença, além da idade do paciente e suas comorbidades. Pode ser indicada a cirurgia, associada à imunoterapia, terapia direcionada, radioterapia ou quimioterapia. Após o tratamento, é necessário um acompanhamento através de exames físicos, laboratoriais ou mesmo de imagens, para excluir recidiva do tumor.

Tão importante quanto o tratamento precoce, é a prevenção pautada nas seguintes recomendações:

  • Evitar exposição solar entre as 10h e as 16h;
  • Fazer uso de protetor solar e reaplicar com frequência;
  • Trabalhadores de ambientes ensolarados devem utilizar roupas e acessórios que previnam a exposição direta ao sol, como chapéu de abas largas e camisas de mangas compridas;
  • Evitar o uso de camas de bronzeamento que aumentam o risco de contrair melanoma.

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