Crise convulsiva na infância: veja qual é a melhor conduta clínica

Na nossa publicação semanal de conteúdos do Whitebook Clinical Decision, vamos abordar o tema: Conduta clínica – crise convulsiva na infância.

Essa semana, publicamos um especial sobre condutas pediátricas em diversas subespecialidades. Em uma das postagens, falamos sobre o caso clínico de uma jovem com crise convulsiva. Por isso, na nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos abordar o tema: conduta clínica – crise convulsiva na infância.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Anamnese

  • Pode acometer todas as faixas etárias, porém, a crise convulsiva febril ocorre tipicamente dos 3 meses aos 5 anos.
  • Na história clínica questionar episódios anteriores, uso de medicações, história familiar, trauma recente, alterações do SNC, intoxicação exógena, doença de base. E sintomas como febre, náuseas, desmaios e vômitos.
  • Dividiremos as crises convulsivas em:
    Crise convulsiva febril simples: Ocorre dos 3 meses aos 5 anos, é tônico-clônica generalizada, de curta duração, única e precoce em uma mesma doença febril e não se acompanha de fenômenos pós-crise. A febre (Tax ≥ 37,8 oC) deverá estar presente;
    Crise convulsiva afebril: Ocorre sem a presença de febre. Ex: Crises focais, crise de ausência;
    Estado de mal epiléptico: Crise prolongada ou crises recorrentes sem recuperação completa entre elas com duração de 30 minutos ou mais.
  • Causas de Crise Convulsiva:
    Agudas: Infecções do SNC; AVE; Trauma; Metabólicas; Intoxicação; Retirada abrupta de medicação antiepiléptica;
    Crônicas: Síndrome Epilética; Crise de ausência.

Exame Físico

  • Avaliar cuidadosamente sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca e sinais de Kernig e Brudzinski), hipertensão intracraniana, lesões de pele, sinais sugestivos de maus tratos (TCE).

 

Abordagem diagnóstica

  • Solicitar os exames conforme o caso e a situação clínica específica:
  • Exames laboratoriais de rotina: Glicemia capilar; Eletrólitos, gasometria, função renal e hepática; Hemograma completo e hemocultura se sinais de infecção.
  • Exame do Líquor: Considerar se crises prolongadas com demora de recuperação da consciência, piora do estado geral, presença de sinais meníngeos. No caso de hipertensão intracraniana evidente ou alteração focal, a tomografia computadorizada de crânio deve preceder a punção lombar. O líquor deve ser realizado nos casos sem etiologia aparente em crianças até os 18 meses.
  • TC de crânio: Solicitar se houver sinais focais ou suspeita de trauma.
  • Eletroencefalograma (EEG): Se mantiver alteração de consciência após controle das crise.
  • Ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio: Se houver sinais que não se resolvam em 12 horas

Diagnóstico diferencial se estabelece entre causas de crise convulsiva:

  • Crise convulsiva febril;
  • Infecções do SNC;
  • AVE;
  • Trauma;
  • Causas diversas: Metabólicas; Intoxicação; Retirada abrupta de medicação antiepiléptica;
  • Síndromes epiléticas.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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