Parotidite infecciosa: conduta diagnóstica e terapêutica

Confira a conduta diagnóstica e terapêutica em parotidite infecciosa. Conduta médica em pediatria e clínica médica.

Desde o início do ano, os casos de caxumba vem aumentando de forma alarmante em todo o Brasil. Recentemente lançamos uma sessão de conteúdos pediátricos, na qual abordamos o tratamento para essa e outras doenças comuns da infância e adolescência. Por essa razão, trouxemos esta semana em nossa sessão semanal de conteúdos compartilhados do Whitebookum trecho de um destes conteúdos: conduta diagnóstica e terapêutica em parotidite infecciosa.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Parotidite infecciosa

Definição: Doença viral aguda, autolimitada, caracterizada por febre, edema parotídeo bi ou unilateral com ocorrência frequente de meningoencefalia e orquite.

Anamnese

  • O caso típico apresenta pródromos 1-2 dias com febre, cefaleia, vômitos e dor, com período de incubação em geral é de 16-18 dias. sse, dispneia, sibilos agudos expiratórios, roncos e/ou crepitações finas, expansão torácica diminuída e expiração prolongada.
  • Surge então a parotidite que inicialmente é uni tornando-se bilateral na maioria dos quadros, podendo ser acompanhada de otalgia ipsilateral. A febre desaparece de 3 a 5 dias.
  • Sempre investigar a situação vacinal.

Exame Físico:

  • As alterações no exame físico são concentradas próximo ao ângulo da mandíbula. Encontra-se edema dessa região que pode apagar o contorno do ângulo da mandíbula e deixar o lobo auricular elevado para cima e para fora.

Abordagem diagnóstica:

  • Se suspeita diagnóstica: A confirmação da parotidite pode ser feita com a demonstração de nível elevado de Amilase.
  • Exames confirmatórios: O teste de certeza é feito por meio de testes virológicos ou sorológicos (PCR viral e aumento significativo de IgM para Caxumba) que são utilizados apenas quando o diagnóstico diferencial é importante ou para pesquisa.

Diagnóstico diferencial:

  • O diagnóstico diferencial se estabelece com outras causas de aumento de parótidas e/ou estruturas cervicais adjacentes:
  • Infecções virais: Parainfluenza 1 e 3; Influenza A; CMV; EBV; Enterovírus, HIV;
  • Parotidite purulenta (Staphylococcus aureus);
  • Adenite submandibular ou cervical anterior;
  • Obstrução do ducto de Stensen;
  • Doenças do colágeno (Sjogren e LES);
  • Tumor parotídeo.

Tratamento e Profilaxia:

  • Não há terapia antiviral específica para caxumba.
  • Tratamento de suporte:
    • Repouso;
    • Hidratação adequada;
    • Controle da dor e febre com analgésicos/antipiréticos.
  • Vacinação: Inclusa no calendário vacinal na vacina tríplice viral.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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