Drogas antipsicóticas são seguras durante a gravidez?

Nos últimos 10 anos, o uso de drogas antipsicóticas durante a gravidez dobrou, mesmo com relatos conflitantes sobre os seus riscos.

Nos últimos 10 anos, o uso de drogas antipsicóticas durante a gravidez dobrou, mesmo com relatos conflitantes sobre os seus riscos. Um novo estudo americano analisou dados da última década para responder a pergunta de muitos médicos e pacientes: “esses medicamentos são seguros durante a gravidez?”.

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Usando registros de 2000 a 2010 do Medicaid, programa americano de saúde social, sobre 1.36 milhões de grávidas (média de idade: 24 anos), investigadores compararam informações de mulheres que, durante o primeiro trimestre, tinham utilizado uma ou mais drogas antipsicóticas atípicas ou típicas com mulheres que não tinham tomado nenhum antipsicótico.

Após o ajuste das variáveis, eles chegaram a conclusão de que nem drogas típicas nem atípicas foram associadas com riscos significativamente elevados para malformações congênitas ou cardíacas.

Especificamente, o uso de risperidona, medicamento muito usado no tratamento de esquizofrenia, mostrou risco elevado para qualquer malformação (risco relativo: 1,26; intervalo de confiança de 95%,: 1,02 – 1,56), mas não para malformações cardíacas.

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De acordo com os pesquisadores, a análise envolveu apenas dados do primeiro trimestre, pois a organogênese é concluída durante este período.

No entanto, é importante lembrar que outros eventos de desenvolvimento continuam durante toda a gravidez, e alguns resultados adversos têm sido associados à exposição a antipsicóticos após o primeiro trimestre (por exemplo, hipertensão pulmonar).

Além disso, o metabolismo de drogas pode alterar os efeitos terapêuticos e adversos durante a gravidez. Por isso, os médicos devem interpretar esses resultados complexos e pesar, junto com o paciente, os riscos de não tratar a doença mental grave contra eventuais riscos relacionados com à medicação.

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