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Um estudo realizado nos Estados Unidos teve como objetivo verificar a incidência de laceração anal devido ao parto num grupo pré-selecionado de 22.741 mulheres, que deram a luz na Califórnia (EUA) durante os anos de 2013 e 2014, sem uso de fórceps durante o parto e que foram acompanhadas nos seis meses seguintes. Foram consideradas lacerações de 3º e 4º graus.
As mulheres foram separadas de acordo com etnia, índice de massa corporal, multiparidade e duração do segundo momento do parto.
De acordo com etnia, as asiáticas formam o grupo com maior chance de laceração com 9,3% sofrendo essa complicação. Em segundo lugar, vêm as caucasianas com 4,2%. Quanto à paridade, a laceração é quatro vezes mais comum em nulíparas do que em multíparas. Mulheres com IMC < 25% também estariam mais expostas.
Quais comportamentos melhoram a assistência no parto?
Quando é comparado o tempo de duração do segundo momento do parto, ocorre um aumento progressivo do risco de laceração conforme o parto é mais duradouro. Não necessariamente porque é a duração do parto que causa a lesão, mas porque um parto difícil é duradouro e tem poder maior de lesionar (mesma causa para duas consequências). Outro componente observado foi o uso do extrator à vácuo, que também aumenta a chance de laceração, mas esse parece ser mais uma consequência cuja causa é o parto difícil.
Para neonatos maiores que 3,500 kg, a diferença é mais sutil do que em outras variáveis, embora o risco seja maior. A episiotomia também não reduziu as chances de laceração.
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Referências:
- Risk Factors for the Development of Obstetric Anal Sphincter Injuries in Modern Obstetric Practice – The American College of Obstetricians and Gynecologists, 2018
Extranhei a alta incidencia pois apesar de não ser obstetra trabalhei em maternidades e não me recordo desse problema tão volumoso ; essa estatistica é a mesma no nosso país?