Morte súbita cardíaca: novo escore pode ajudar a prever risco

Pesquisadores da University of Southern California, nos EUA, identificaram a necessidade de encontrar outra maneira de estratificar o risco de morte súbita cardíaca. 

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A morte súbita cardíaca é responsável por mais de 50% das mortes por doença cardiovascular. A presença de disfunção ventricular esquerda (FE < 35 a 40%) identifica pacientes de risco, mas numericamente mais pacientes com FE > 35% experimentam um evento arrítmico cardíaco súbito.

Pensando nisso, pesquisadores da University of Southern California, nos EUA, identificaram a necessidade de encontrar outra maneira de estratificar o risco de morte súbita cardíaca.

Em novo estudo retrospectivo, publicado no European Heart Journal, pesquisadores objetivaram determinar a utilidade clínica de múltiplas anormalidades no ECG (para formar um escore acumulado) para predizer o risco de morte súbita cardíaca.

Através da base do Oregon Sudden Unexpected Death Study, 522 casos de morte súbita cardíaca com ECGs disponíveis foram comparados com 736 controles. Entre os parâmetros analisados para alterações, estavam frequência cardíaca, HVE, zona de transição do QRS, ângulo QRS-T, QTc e intervalo Tpeak-Tend.

Veja também: ‘Novo escore prediz risco de recidiva de TVP em mulheres’

No total, 16% dos casos e 3% dos controles apresentaram ≥ 4 anormalidades no ECG. Após o ajuste de fatores clínicos e FE, o aumento no escore de risco do ECG foi associado a um maior risco de morte súbita cardíaca.

Em geral, os indivíduos com ≥ 4 alterações no ECG tiveram um odds ratio [OR] de 21,2 para morte súbita [intervalo de confiança [IC] de 95%: 9,4-47,7; P <0,001]. No subgrupo FE > 35%, o OR foi de 26,1 (IC de 95%: 9,9-68,5; P <0,001).

Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que este novo escore de ECG cumulativo de risco foi associado de forma independente à morte súbita cardíaca e foi particularmente efetivo para os indivíduos com FE > 35%. Agora, esses achados devem ser validados em estudos prospectivos.

*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.

Quer receber diariamente notícias médicas no seu WhatsApp? Cadastre-se aqui!

Referências:

  • Aapo L. Aro, Kyndaron Reinier, Carmen Rusinaru, Audrey Uy-Evanado, Navid Darouian, Derek Phan, Wendy J. Mack, Jonathan Jui, Elsayed Z. Soliman, Larisa G. Tereshchenko, Sumeet S. Chugh; Electrical risk score beyond the left ventricular ejection fraction: prediction of sudden cardiac death in the Oregon Sudden Unexpected Death Study and the Atherosclerosis Risk in Communities Study, European Heart Journal, , ehx331, https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehx331

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags