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A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) atualizou suas diretrizes de 2012 para o uso ECG como screening de doenças cardiovasculares, acrescentando duas novas recomendações. São elas:
1) O rastreio para risco cardiovascular é baseado em fatores como idade, raça/etnia, sexo, obesidade, diabetes, tabagismo, níveis de colesterol e pressão arterial. A adição de um ECG a este conjunto tradicional de fatores de risco melhora a capacidade clínica de avaliação e prevenção? Segundo a revisão da USPSTF, não há evidências suficientes para recomendar a favor ou contra o screening por ECG em adultos com risco intermediário ou alto de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
2) O uso de ECG para screening não é recomendado para pessoas com baixo risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral, porque os danos causados são iguais ou superiores aos benefícios.
Recentemente, publicamos uma reportagem em nosso portal mostrando que os brasileiros estão entre os médicos que mais solicitam exames complementares! O excesso de exames é um problema global, que sobrecarrega ainda mais os custos do sistema de saúde. Até hoje, a dúvida permanece: como reduzir a quantidade de exames desnecessários na rotina hospitalar? Veja em nosso artigo.
Veja também: ‘Risco cardiovascular no paciente diabético – keypoints da nova diretriz’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
“O uso de ECG para screening não é recomendado para pessoas com baixo risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral, porque os danos causados são iguais ou superiores aos benefícios.”
Danos causados pela execução de um .. ECG ??
Tem certeza que essa tradução/transcrição foi correta ? Que danos?
Achados ao ECG conseguem estadiar mudanças do comportamento cardíaco sob controle hipertensivo, descobrem disturbios de condução , e alterações segmentares como Infartos do Miocardio silenciosos (tipicos em diabéticos e idosos)
Então .. um ECG normal realmente não exclui o risco de IAM / A.V.E. , mesmo porque esses eventos são pesquisados por outros recursos que não o ECG .
PORÉM .. .. uma alteração ao ECG num exame de rotina é o passo inicial (simples, rápido, barato e SEM danos) para o start de novas avaliações dessas alterações de base .
Olá, Herbert! Sou Ana Carolina, médica e colunista da Pebmed. O artigo que serviu como referência mostra preocupação com os riscos dos exames “falso positivos”. Como exemplo, uma alteração poderia levar o médico a solicitar uma angioTC e o contraste causar alergia ou lesão renal. É por isso que exames que parecem inócuos, como ECG, PSA e mamografia vêm tendo suas indicações cada vez mais restritas aos grupos nas quais de fato vão mudar a estratificação de risco. Agradecemos seu comentário e aproveitamos para lhe convidar a continuar acompanhando e participando do nosso portal.