Doença inflamatória intestinal: como tratar?

Em nossa publicação semanal de conteúdos do Whitebook Clinical Decision, falaremos sobre a abordagem terapêutica doença inflamatória intestinal.

No portal da PEBMED essa semana falamos sobre o uso do Ustequinumabe na Doença de Crohn. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, falaremos sobre a abordagem terapêutica doença inflamatória intestinal.

Veja as melhores condutas pediátricas no Whitebook Clinical Decision!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.
  • Abordagem Terapêutica
    • O tratamento específico depende da localização, extensão e gravidade da doença.
    • Aminossalicilatos:
    • Exemplos: mesalazina (2-4 g/d), sulfasalazina (2-6 g/d).
    • Indicados na indução de remissão e manutenção de casos leves a moderados de retocolite ulcerativa. Seu papel é limitado na indução de remissão e não definido na manutenção da doença de Crohn.
    • Efeitos colaterais são raros e incluem náuseas, dispepsia, queda de cabelo, cefaleia, piora da diarreia e reações de hipersensibilidade. Sulfasalazina interfere na absorção de folato, portanto os pacientes devem receber suplementação com ácido fólico.
    • Corticoesteroides:
    • Exemplos: budesonida com revestimento entérico (indução com 9 mg/d e manutenção com 6 mg/d), prednisona (1 mg/kg/d), metilprednisolona (40-60 mg/d), hidrocortisona (300 mg/d).
    • Formulações com revestimento entérico (ação tópica) são indicadas para doenças leves a moderadas, enquanto que terapia sistêmica é reservada para indução de remissão em casos moderados a graves.
    • Não são recomendados para manutenção pelos potenciais efeitos colaterais, que incluem retenção hídrica, estrias abdominais, redistribuição de gordura, hiperglicemia, catarata, osteoporose, miopatia e alterações emocionais.
    • Imunomoduladores/imunossupressores:
    • Exemplos: 6-mercaptopurina (1,5 mg/kg/d), azatioprina (2-3 mg/kg/d), metotrexato (indução com 25 mg/sem por 4 meses e manutenção com 15 mg/sem), ciclosporina (2-4 mg/kg/d).
    • Indicados para pacientes que permanecem sintomáticos, apesar do tratamento com aminossalicilatos, nos casos de doença moderada a grave e para pacientes corticodependentes.
    • Ciclosporina é uma alternativa à colectomia na retocolite ulcerativa. Seus potenciais efeitos colaterais são disfunção renal, hipertensão, hiperplasia gengival, hipertricose, parestesias, tremores, cefaleia, distúrbios eletrolíticos e tonteira.
    • Tacrolimus é eficaz em crianças com doença refratária e em adultos com extenso acometimento de intestino delgado, corticodependentes ou refratários.
    • Efeitos colaterais dos análogos de purina (6-mercaptopurina, azatioprina) incluem reações alérgicas, pancreatite, mielossupressão, náuseas, infecções, hepatotoxicidade e aumento do risco de malignidade (especialmente linfoma). Uma desvantagem dessa classe é a resposta clínica lenta em cerca de 3-4 semanas, podendo demorar até 4-6 meses.
    • Terapia imunossupressora aumenta o risco de infecções oportunistas, particularmente Pneumocystis carinni, estando indicada antibioticoprofilaxia.
    • Antibióticos:
    • Exemplos: metronidazol (400 mg 12/12 horas VO por 4-8 semanas) e/ou ciprofloxacino (500 mg 12/12 horas por 4-8 semanas).
    • Usados nas doenças com complicação (exemplo: abscesso perianal).
    • Agentes biológicos:
    • Exemplos: infliximabe (indução com 5 mg/kg nas semanas 0, 2 e 6 e manutenção com 5 mg/kg por 8 semanas), adalimumabe (indução com 160 mg na semana 0 e 80 mg na semana 2 e manutenção com 40 mg/sem), natalizumabe (300 mg por 4 semanas).
    • Indicados para doenças moderadas a graves que não respondem à terapia convencional.
    • Efeitos colaterais incluem aumento do risco de malignidade (principalmente linfoma), infecções (reativação de infecções latentes, infecções oportunistas) e descompensação de insuficiência cardíaca.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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