Pesquisadores detectam biomarcadores de fumo de maconha em crianças

Uma análise recente revelou que usuários de maconha têm níveis mais elevados de biomarcadores de exposição que se estendem a não-usuários adjacentes.

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Uma análise recente revelou que usuários de maconha têm níveis mais elevados de biomarcadores de exposição (por exemplo, compostos orgânicos voláteis e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos), que, provavelmente, se estendem a não-usuários adjacentes. O impacto da exposição do fumo passivo de maconha em crianças é desconhecido. Utilizando novos métodos, pesquisadores tentaram detectar biomarcadores na população infantil.

Vários estudos sugerem que a fumaça da maconha contém partículas prejudiciais quando inaladas, além de outros produtos tóxicos e cancerígenos, que podem ser extremamente prejudiciais para crianças.

Para avaliar esse impacto, pesquisadores estudaram 43 indivíduos (crianças de 1 mês a 2 anos), hospitalizados com bronquiolite no Colorado, EUA, entre 2013 e 2015. A maioria (77%) era do sexo masculino e 52% tinham menos de um ano de idade.

Os pais completaram um questionário e as amostras de urina foram analisadas quanto à cotinina (LOD 0,03 ng/ml) e metabolitos de marijuana, incluindo COOH-THC (LOD 0,015 ng/ml).

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O COOH-THC foi detectável em 16% das amostras analisadas (THC +); o intervalo na concentração de COOH-THC foi de 0,04-1,5 ng/ml. Dois indivíduos tinham níveis > 1 ng/ml. A exposição não diferiu por sexo ou idade. Crianças brancas apresentaram menor exposição do que as de outras raças (9% vs. 44%; p <0,05); 56% das crianças com cotinina > 2,0 ng/ml foram THC +, comparado com 7% com cotinina mais baixa (p <0,01).

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Os resultados mostram que os metabolitos da fumaça de maconha podem ser detectados em crianças. Neste coorte, 16% dos participantes foram expostos. Embora isso não implique necessariamente em uma doença, sugere que, assim como o tabaco, o fumo de maconha é inalado passivamente por crianças.

Agora, são necessárias mais pesquisas para avaliar os impactos desta exposição e informar às autoridades para mudanças nas políticas de saúde pública.

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Referências:

  • Karen M. Wilson, Michelle R. Torok, Binnian Wei, Lanqing Wang, Michelle Robinson, Connie S. Sosnoff, Benjamin C. Blount, Detecting biomarkers of secondhand marijuana smoke in young children, Pediatric Research accepted article preview online 02 December 2016; DOI:10.1038/pr.2016.261

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