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Com o objetivo de ajudar os líderes do sistema de saúde e seguradoras a melhorar os cuidados para pacientes que demandam muita atenção médica, foi lançado “The Playbook: Better Care for People With Complex Needs”. O livro online é um manual norte-americano que fala sobre questões médicas, comportamentais e sociais desses pacientes, como exemplos de abordagens bem-sucedidas e orientações para negócios, e foi desenvolvido pelo Institute for Healthcare Improvement.
O playbook foi lançado na inauguração do National Center for Complex Health e Social Needs, liderado pelo médico de família Doutor Jeffrey Brenner, que é reconhecido nos Estados Unidos por seu trabalho voltado para pacientes de alta necessidade em Camden, Nova Jersey.
Segundo o comunicado à imprensa, os líderes do instituto que elaborou o manual acreditam que “com melhores informações sobre as necessidades médicas, comportamentais e sociais dos pacientes com necessidade alta e complexidade, além de uma melhor comunicação com a seguradora, o médico e o paciente, essas pessoas terão menor probabilidade de atrasar os cuidados e de ter que procurar atendimento de emergência para questões não emergenciais”.
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Outras cinco organizações, as fundações John A. Hartford, Robert Wood Johnson, SCAN e Commonwealth, e a Peterson Center on Healthcare, participaram da elaboração do manual, patrocinado por elas, e também trabalharão na disseminação do mesmo. Além disso, vão se organizar regularmente para discutir as soluções encontradas e colocá-las em prática com os pacientes, que incluem idosos e deficientes.
Além do playbook, as organizações desenvolveram uma pesquisa sobre a questão. Os resultados mostraram que esses pacientes tendem a ter mais problemas sociais e econômicos que outras pessoas, sugerindo que eles fazem parte de uma população mais velha, menos instruída e mais pobre. Além disso, muitos relataram isolamento social e estavam estressados ou preocupados com alguma dificuldade que estavam passando.
Cerca de 50% dos pacientes com grande necessidade médica tinham sido hospitalizados ou frequentado uma emergência nos dois últimos anos; 44% tinham atrasado algum cuidado médico no último ano devido a problemas, como não ter transporte ou horário disponível por conta do trabalho. Esses dados batem com um dos problemas citados no playbook: o modelo de pagamento fee-for-service aos médicos. Segundo as organizações, esse tipo de pagamento acaba desestimulando os profissionais a fazerem atendimentos não presenciais, como utilizar o método de telemedicina para fazer atendimentos online ou simplesmente responder perguntas dos pacientes por meio de alguma plataforma, por exemplo, que poderiam ajudar a solucionar essa questão de locomoção e horários, deixando de atrasar cuidados importantes para os pacientes.
A pesquisa envolveu mais de 3 mil pessoas, sendo cerca de 1.800 pacientes que demandam muita atenção médica e 1.200, que não.
Referência:
- Online ‘Playbook’ for High-Need Patients Released. Medscape. Dec 09, 2016.