CirurgiaMAR 2018

Prevendo o risco de complicações pós-operatórias

Há escores que predizem o risco de complicações pós-operatórias, isto é, levam em conta os resultados da cirurgia e a resposta do próprio paciente.

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Por Ronaldo Gismondi
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Em nossos textos especiais sobre risco cirúrgico, comentamos sobre como estimar o risco do paciente apresentar um evento adverso cardiovascular ou não no pós-operatório. Apesar de validados, estes escores têm como utilidade ajudar o médico a estimar o risco que o paciente corre ao ser submetido a uma cirurgia e, com isso, ponderar entre as várias opções de tratamento.

Por outro lado, há outros escores que predizem o risco de complicações no paciente que já operou, isto é, levam em conta os resultados da cirurgia e a resposta do próprio paciente. Estes escores se propõem a servir como identificadores do paciente de maior risco, que poderia ser melhor monitorado ou adotada alguma estratégia de intervenção.

Mas quais são estes escores?

NEWS: desenvolvido pelo ministério da saúde da Inglaterra, o NHS Early Warning Score, para identificar pacientes que estejam internados em enfermarias com maior risco de morte nas próximas 24h. A ideia é que pacientes com escore mais alto recebam estratégias de prevenção e intervenção diferenciadas, como, por exemplo, monitorização cardíaca contínua ou transferência para uma unidade de terapia intensiva (clique para ampliar).

risco de complicações pós-operatórias

Interpretação:
Baixo risco: 1-4
Médio risco: 5-6 ou um escore 3 em qualquer parâmetro (“red score”)
Alto risco: ≥ 7

Pontuações de médio a alto risco indicam chamar equipe médica e transferência para CTI.

MEWS: também desenvolvido na Inglaterra, tinha como finalidade inicial identificar o paciente cirúrgico de maior risco, para o qual a equipe de enfermagem deveria acionar a equipe médica e solicitar transferência para CTI (clique para ampliar).

risco de complicações pós-operatórias

Interpretação:
Alto risco: ≥ 5 ou qualquer parâmetro com pontuação 3. Indica chamar equipe médica e transferência para CTI.

eCART: é o electronic Cardiac Arrest Risk Triage (eCART) desenvolvido nos EUA, tem como base um registro de internações e complicações e utilizou métodos estatísticos e computacionais no seu desenvolvimento. O objetivo é também identificar o paciente internado com maior risco de complicações, semelhante ao NEWS. Em um estudo recente, mostrou acurácia superior ao NEWS e MEWS. Como nem tudo é perfeito, seu cálculo requer um software específico o qual, obviamente, é vendido à parte!

Interpretação:
Baixo risco: < 50
Médio risco: 51-54
Alto risco: > 54

Pontuações de médio a alto risco indicam chamar equipe médica e transferência para CTI.

Leia também: ‘Qual o tempo ideal de tratamento com opioides no período pós-operatório?’

Referências:

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Em nossos textos especiais sobre risco cirúrgico, comentamos sobre como estimar o risco do paciente apresentar um evento adverso cardiovascular ou não no pós-operatório. Apesar de validados, estes escores têm como utilidade ajudar o médico a estimar o risco que o paciente corre ao ser submetido a uma cirurgia e, com isso, ponderar entre as várias opções de tratamento.

Por outro lado, há outros escores que predizem o risco de complicações no paciente que já operou, isto é, levam em conta os resultados da cirurgia e a resposta do próprio paciente. Estes escores se propõem a servir como identificadores do paciente de maior risco, que poderia ser melhor monitorado ou adotada alguma estratégia de intervenção.

Mas quais são estes escores?

NEWS: desenvolvido pelo ministério da saúde da Inglaterra, o NHS Early Warning Score, para identificar pacientes que estejam internados em enfermarias com maior risco de morte nas próximas 24h. A ideia é que pacientes com escore mais alto recebam estratégias de prevenção e intervenção diferenciadas, como, por exemplo, monitorização cardíaca contínua ou transferência para uma unidade de terapia intensiva (clique para ampliar).

risco de complicações pós-operatórias

Interpretação:
Baixo risco: 1-4
Médio risco: 5-6 ou um escore 3 em qualquer parâmetro (“red score”)
Alto risco: ≥ 7

Pontuações de médio a alto risco indicam chamar equipe médica e transferência para CTI.

MEWS: também desenvolvido na Inglaterra, tinha como finalidade inicial identificar o paciente cirúrgico de maior risco, para o qual a equipe de enfermagem deveria acionar a equipe médica e solicitar transferência para CTI (clique para ampliar).

risco de complicações pós-operatórias

Interpretação:
Alto risco: ≥ 5 ou qualquer parâmetro com pontuação 3. Indica chamar equipe médica e transferência para CTI.

eCART: é o electronic Cardiac Arrest Risk Triage (eCART) desenvolvido nos EUA, tem como base um registro de internações e complicações e utilizou métodos estatísticos e computacionais no seu desenvolvimento. O objetivo é também identificar o paciente internado com maior risco de complicações, semelhante ao NEWS. Em um estudo recente, mostrou acurácia superior ao NEWS e MEWS. Como nem tudo é perfeito, seu cálculo requer um software específico o qual, obviamente, é vendido à parte!

Interpretação:
Baixo risco: < 50
Médio risco: 51-54
Alto risco: > 54

Pontuações de médio a alto risco indicam chamar equipe médica e transferência para CTI.

Leia também: ‘Qual o tempo ideal de tratamento com opioides no período pós-operatório?’

Referências:

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Ronaldo GismondiRonaldo Gismondi
Editor-chefe de Medicina da Afya ⦁ Pós-doutorado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ⦁ Residência em Clínica Médica (UFRJ) e Cardiologia (Insitituto Nacional de Cardiologia) ⦁ Mestrado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Doutorado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2015) ⦁ Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense ⦁ Coordenador da Cardiologia do Niterói D’Or ⦁ Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF)