Quais pacientes se beneficiam de EEG prolongado no CTI?

A ocorrência de convulsões em pacientes críticos é comum, mas muitas vezes, por não apresentar sinais clínicos, é de difícil detecção.

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A ocorrência de convulsões em pacientes críticos é comum, mas muitas vezes, por não apresentar sinais clínicos, é de difícil detecção. O eletroencefalograma (EEG) prolongado (24h) pode identificar episódios, mas é uma técnica dispendiosa. Em novo estudo do Annals of Neurology, pesquisadores objetivaram determinar a duração ideal do EEG.

Para isso, foi realizado um estudo observacional com dados de 665 pacientes com, pelo menos, 24 horas de monitoramento com EEG.

As variáveis clínicas com maior valor preditivo foram coma (31% apresentaram convulsões, odds ratio [OR] = 1,8; p <0,01) e história de convulsões, de origem remota ou relacionada a doenças agudas (34% tiveram convulsões, OR = 3,0; p <0,001). Em relação aos achados no EEG prolongado, os resultados foram:

  • Sem achados epileptiformes no EEG: risco de convulsões em 72 horas foi entre 9% (sem fatores de risco clínicos) e 36% (coma e história de convulsões).
  • Com achados epileptiformes que se desenvolveram: incidência de convulsões foi entre 18% (sem fatores de risco clínicos) e 64% (coma e história de convulsões).

Você sabia? ‘Risco de convulsão após sepse pode persistir por anos’

Na ausência de anormalidades epileptiformes no EEG, a duração do monitoramento necessário para o risco de convulsão < 5% foi entre 0,4 horas (pacientes não comatosos e sem história de convulsão) e 16,4 horas (coma e história de convulsões).

Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que o risco inicial de convulsões no EEG prolongado depende do histórico de convulsões anteriores e presença de coma. Além disso, o risco de desenvolver convulsões cai para < 5% em 24 horas se não ocorrerem anormalidades epileptiformes no EEG, independentemente dos fatores de risco iniciais.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Struck, A. F., Osman, G., Rampal, N., Biswal, S., Legros, B., Hirsch, L. J., Westover, M. B. and Gaspard, N. (2017), Time-dependent risk of seizures in critically ill patients on continuous electroencephalogram. Ann Neurol., 82: 177–185. doi:10.1002/ana.24985

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