Repensando o tratamento da depressão em pacientes com Insuficiência Cardíaca

Nos testes realizados, o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina não mostrou resultados benéficos para os pacientes.

250-BANNER5Estudos recentes mostraram que está na hora de repensar o tratamento da depressão em pacientes com Insuficiência Cardíaca. Nos testes realizados, o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina não mostrou resultados benéficos para os pacientes.

A depressão está mais presente em pacientes com doenças cardiovasculares do que na população em geral. A evidência epidemiológica tem mostrado uma forte relação entre depressão e resultados adversos em pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC), incluindo piora no estado de saúde, hospitalização e morte.

Os benefícios da farmacoterapia para a depressão em pacientes com IC não são comprovados. Em um teste randomizado de 12 semanas, realizado em 2010,  o uso de inibidor da recaptação da serotonina (ISRS) não melhorou os sintomas de depressão ou estado clínico dos pacientes. Um novo estudo, feito por pesquisadores da Alemanha,  avaliou efeitos a longo prazo da terapia com ISRS.

Nos testes, 372 pacientes (idade média de 62; 25% de mulheres) com depressão maior foram randomizados para escitalopram (a partir de 5 mg / dia, titulada para ≤20 mg / dia durante 6 semanas, conforme tolerado) ou placebo.

Todos os pacientes receberam doses crescentes de terapias de IC, conforme tolerado, de aconselhamento e exercícios. O estudo foi finalizado antecipadamente por inutilidade (tempo de participação média, aproximadamente 18,5 meses).

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O resultado primário, morte ou hospitalização, não diferiram entre os grupos que receberam escitalopram e placebo (63% e 64%). Ao fim de 12 semanas, os sintomas do estado de saúde e depressão melhoraram de modo semelhante nos dois grupos. Eventos de segurança não diferiu entre os grupos, exceto para agravamento da depressão, que ocorreu mais frequentemente com placebo. A descontinuação da terapia em 12 semanas foi significativamente mais frequente com escitalopram do que com placebo (15% vs. 7%).

Estes estudos desafiam a utilidade de inibidores de recaptação de serotonina em pacientes deprimidos portadores de insuficiência cardíaca, mesmo que para tratamento sintomático dos sintomas depressivos. As evidências mais recentes demonstram não haver benefício no uso destes medicamentos neste grupo populacional, e, portanto, alternativas devem ser melhor estudadas e indicadas.

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Referências: https://www.jwatch.org/na41724/2016/07/18/rethinking-depression-treatment-heart-failure-patients

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