Muitos pacientes sofrem efeitos físicos e psicológicos duradouros após a admissão na unidade de terapia intensiva (UTI). Fisioterapia precoce tem sido estudada intensamente, como potencial mediadora desses efeitos, mas os pesquisadores ainda não encontraram evidências que demonstrem um benefício claro.
Um novo estudo americano indicou que terapia de reabilitação diária não resulta em menor tempo de permanência na UTI ou melhorara o estado funcional do paciente.
Investigadores da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte, randomizaram 300 pacientes que foram submetidos à ventilação mecânica como terapia para reabilitação ou cuidado usual. Terapia para reabilitação incluíram amplitude de movimento, fisioterapia e exercícios de resistência progressiva e foram realizados todos os dias.
O tempo médio para começar a terapia foi um dia no grupo da terapia e sete dias no grupo de controle. Em todas as métricas, pacientes em terapia receberam mais tratamento. Nem tempo de permanência hospitalar, nem qualquer outra métrica da UTI (incluindo os dias livres de ventilador, dias de delírio e uso de vasopressor) diferiu entre os grupos de terapia e controle.
As medições da função física na alta hospitalar também foram as mesmas. Aos 6 meses, a função física auto-avaliada foi melhor nos pacientes em terapia para reabilitaçao do que no grupo de controle.
Os resultados reforçam os últimos estudos, que mostram um benefício mínimo para fisioterapia mais intensa em pacientes críticos.
Referências: