Uma análise de sangue para descartar apendicite em crianças?

E se o próximo avanço nos exames complementares fosse um biomarcador que auxiliasse o diagnóstico de uma patologia tão comum quanto apendicite em crianças?

Realizar diagnóstico de patologias intra-abdominais no pronto-socorro até não muito tempo atrás era baseado na história da doença e no exame físico. Muitas laparotomias brancas foram realizadas pela dificuldade de se estabelecer um diagnóstico preciso. Com o passar dos anos a medicina avançou e nós médicos tivemos como grande auxílio diagnóstico os exames de imagem, em sua maioria radiográficos.

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A tomografia computadorizada, como um dos seus melhores exemplos é, até hoje, de grande aplicabilidade e eficiência na dificuldade do diagnóstico ou na intenção de confirmá-lo.

E se o próximo avanço nos exames complementares fosse um biomarcador que auxiliasse o diagnóstico de uma patologia tão comum quanto a apendicite aguda em crianças?

Um artigo do “The New England Journal of Medicine”, publicado em agosto deste ano, sugere que um exame de sangue poderia descartar apendicite em crianças e, assim, diminuir a exposição à radiação e melhorar a eficiência clínica.

Veja também: Apendicite sempre deve ser tratada com cirurgia?

Em um estudo prospectivo, os pesquisadores quantificaram a precisão do painel de um biomarcador para afastar apendicite em 1.887 pacientes com idade entre 2 e 20 anos, que se apresentaram aos 29 departamentos de emergência dos EUA com dor abdominal. Foram excluídos pacientes com uma alta probabilidade clínica de ter apendicite.

O painel do biomarcador é composto de contagem de glóbulos brancos, nível de proteína C-reativa e aumento sérico no nível de proteína amilóide 8/14 (MRP8 and MRP14). Apendicite foi diagnosticada em 25,3% dos pacientes. Um resultado negativo para o painel do biomarcador teve um valor preditivo negativo para a apendicite de 97,4%.

A principal fraqueza deste estudo é que ele excluiu pacientes com alta suspeita clínica de apendicite. Além disso, outros diagnósticos graves poderiam não ser considerados. O desafio é determinar se o novo teste poderia ser incorporado com segurança para o uso rotineiro.

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