Uso off-label de antidepressivos

Um estudo recente feito no Canadá mostrou que metade dos antidepressivos prescritos por médicos foi para outras condições, como ansiedade, dor e insônia.

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A prescrição e uso de antidepressivos têm aumentado substancialmente nos últimos anos. Um estudo recente feito no Canadá mostrou que metade dos antidepressivos prescritos por médicos foi para outras condições, como ansiedade, dor e insônia. Agora, os mesmos pesquisadores analisaram novamente os dados para investigar a frequência e as evidências científicas que apoiam essas prescrições off-label.

A análise, publicada no British Medical Journal, foi feita com 106.850 prescrições de antidepressivos, escritas por 174 médicos para 20.920 adultos. Entre as prescrições, 29% foram off-label. Por classe, os antidepressivos tricíclicos apresentaram a maior prevalência de prescrição off-label (81%; intervalo de confiança [IC] de 95%: 77,3% a 85,5%), seguido de trazodona, bupropiona e mirtazapina (42%) e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (22%).

Os antidepressivos tricíclicos (em grande parte, a amitriptilina) foram prescritos para dor, insônia e enxaqueca. A trazodona foi prescrita, principalmente, para insônia. Apenas três indicações (amitriptilina para dor, escitalopram para pânico e venlafaxina para TOC) foram apoiadas por evidências fortes, o que representa 16% de todas as prescrições.

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Para 40% das prescrições, evidências fortes apoiaram outro medicamento da mesma classe (mas não o medicamento prescrito). Para 45% das prescrições, nem o fármaco prescrito nem qualquer outro fármaco na mesma classe tinham evidências para a indicação.

Segundo os autores do estudo, pelos resultados evidencia-se uma necessidade importante de gerar e fornecer aos médicos evidências sobre o uso de antidepressivos off-label para otimizar as decisões de prescrição.

Veja também: ‘Uma nova classe de antidepressivos: os moduladores serotoninérgicos’

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