Você sabe por que o excesso de peso aumenta o risco de câncer?

A crescente epidemia de obesidade do Ocidente estimula as pesquisas sobre a relação entre excesso de peso e diversos tipos de câncer.

A crescente epidemia de obesidade do Ocidente estimula as pesquisas sobre a relação entre o excesso de peso e câncer. O sobrepeso e a obesidade já representam o segundo fator de risco evitável para desenvolvimento de câncer em mulheres e o terceiro em homens, atrás de tabagismo em mulheres e tabagismo e etilismo em homens.

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O excesso de peso está associado ao aumento da incidência, da morbidade e da mortalidade de vários tipos de cânceres, como adenocarcinoma de esôfago, câncer colorretal, câncer de mama e de endométrio. Segundo o American Institute for Cancer Research 6% dos estimados 1,6 milhão de novos casos de câncer poderiam ser atribuídos ao excesso de peso.

Veja também: ‘Associação entre parto cesáreo e risco de obesidade’

Três fatores principais são considerados na associação positiva entre obesidade e câncer: o eixo insulina-IGF-1, os hormônios sexuais e os hormônios (adipocinas) produzidos pelo tecido adiposo.

E como isso ocorre?

A obesidade leva a um estado de resistência insulínica, que gera hiperinsulinemia para evitar hiperglicemia. A hiperinsulinemia estimula a produção hepática de IGF-1, que apresenta ação oncogênica direta via receptor de IGF-1, cuja expressão está aumentada em vários tumores, e ação indireta como supressor tumoral do p53.

Em indivíduos obesos há aumento da atividade da aromatase, que converte androgênios em estrogênio, responsável por estimular a proliferação e inibir a apoptose de células tumorais do endométrio e da mama.

Entre as adipocinas, a leptina estimula a aromatase e age diretamente na proliferação de células tumorais, de forma que se correlaciona positivamente com câncer colorretal, de próstata, mama e endométrio. Já a adiponectina tem ação antiproliferativa e apresenta correlação inversa a esses tipos de cânceres.

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Fica a dúvida: as inter-relações entre excesso de peso e câncer poderiam representar um possível alvo terapêutico? Talvez sim, estudos de intervenção em mudanças do estilo de vida e intervenções farmacêuticas estão em processo.

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Referências:

  • Park, J. et al. Nat. Rev. Endocrinol. advance online publication 17 June 2014
  • E H Allott et al. Obesity and cancer: mechanistic insights from transdisciplinary studies. https://erc.endocrinology-journals.org 2015 Society for Endocrinology

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