Mulheres brasileiras veem sendo aconselhadas a adiar os planos de engravidar, até que o surto de Zika seja controlado e uma vacina desenvolvida. Pesquisadores agora debatem as consequências dessa orientação e se isso pode reduzir o crescimento da população brasileira.
No início do ano, estudos científicos comprovaram a associação entre o Zika e a microcefalia. Desde então, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) começaram a debater se isso poderia reduzir o número de nascimento no país e, consequentemente, afetar o crescimento da população. Ainda não há dados quantitativos para comprovar a teoria, mas o Cedeplar estima que o impacto pode ser de 10 a 15%.
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Ao contrário do Brasil, outros países da América Latina e Central recomendaram que as mulheres parem de engravidar. Em El Salvador, o governo pediu que as mulheres evitassem a gestação até 2018.
Já o professor do IBGE, José Eustáquio Diniz, não acredita em um impacto sob o crescimento da população, porque boa parte das gravidezes no Brasil não é desejada ou planejada. Logo, as mulheres continuariam engravidando, mesmo com o alerta do governo para o Zika.
Referências: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/07/o-brasil-vai-encolher-com-a-zika.html